No Brasil, o debate sobre a
"ideologia de gênero" intensificou-se com a estruturação do Plano
Nacional de Educação (PNE), em 2014. Neste caso, a proposta do Ministério da
Educação (MEC) era incluir temas relacionados com a identidade de gênero e
sexualidade nos planos de educação de todo o país. Recentemente o Programa Fantástico
apresentou uma série sobre os transgêneros e fez o país voltar a este debate.
A Ideologia de Gênero, ou melhor
dizendo, a Ideologia
da Ausência de Sexo, é uma crença segundo a qual os seres humanos nascem
"iguais", sendo a definição do "masculino" e do
"feminino" uma construção social, ou seja, comportamentos aprendidos.
Despreza-se a determinação biológica do sexo, para conceber a ideia de que
ninguém nasce homem ou mulher, aprende-se a sê-lo na criação que se recebe, nos
costumes e papéis que a sociedade diz que você deve desempenhar.
Esta visão
sinaliza o desejo do ser humano de ser Deus, na medida em que não aceita que é
criado homem ou mulher, indo contra a natureza, a razão e principalmente contra
a ciência, escondendo-se atrás do discurso de que o homem deve ser livre para
ser feliz e fazer escolhas e ainda, atrás de uma bandeira de direitos humanos,
onde todos devem ser aceitos como são. Esta possibilidade, de escolher quem eu
sou de forma autônoma, nada mais é do que o desejo do ser humano de se colocar
no lugar de Deus. O Papa Bento XVI
expressa muito bem esta afirmação:
“Quando a liberdade para sermos criativos se
transforma em uma liberdade para nos criarmos a nós próprios, então é o próprio
Criador que é necessariamente negado e, em última análise, o ser humano é
despojado da sua dignidade enquanto criatura de Deus que tem a Sua imagem no
âmago do seu ser.”
Trata-se de
um ataque mundial à ordem da criação e, por fim, a toda a humanidade. Isto
destrói o fundamento da família, que nada mais é do que uma representação da
relação de Deus com o homem, onde Cristo é o noivo e a Igreja é a noiva,
instituindo-se desta forma, papéis diferentes para cada um.
O principal
objetivo da ideologia de gênero consiste em desconstruir a ideia e valor da
família natural e do modelo social que ela gera. Além de investir na
desconstrução da família, a ideologia de gênero também tem investido em ações
que visam afetar o desenvolvimento natural da sexualidade das crianças e
adolescentes, seja pela erotização dos mesmos com exposição à imagem e vídeos e
discussões sobre ato sexual e sexualidade humana para crianças de ensino
infantil e fundamental nos anos iniciais, seja pelo incentivo à experimentação,
a partir de projetos que estimulam, sobretudo adolescentes, a assumir
orientação sexual diferente da sua e a ter relacionamentos sem compromisso para
se “autoconhecer”.
Em 2011, um
documentário transmitido em rede nacional na Noruega abalou a credibilidade dos
teóricos de gênero nos países escandinavos. O Conselho Nórdico de Ministros
(que inclui autoridades da Suécia, Noruega, Dinamarca, Finlândia e Islândia)
ordenou a suspensão dos financiamentos dirigidos ao Instituto Nórdico de
Gênero, promotor de ideias ligadas às teorias de gênero, depois da exibição, em
2010, do filme “Hjernevask” (“Lavagem Cerebral”), que questionava os
fundamentos científicos dessa linha de pesquisa. O documentário gerou um
intenso debate público sobre o assunto no país e no mundo.
Os teóricos
do gênero afirmam que estudar tais possibilidades na escola é uma forma de
combater o preconceito contra uma sexualidade diferente, que abrange
homossexuais, bissexuais, transexuais e etc.
Acreditamos
que a maioria de nós, independente de sexo, etnia, grau de instrução, religião,
região, entre outras diferenças, é a favor do respeito às diferenças contra
todas as formas variadas de preconceito e discriminação.
A diferença
é que o caminho para se construir o respeito e atacar o preconceito não
consiste em desconstruir identidades e anular os indivíduos em sua própria
natureza. Nem tampouco a solução estaria na destruição do modelo familiar e
social judaico-cristão, entendido pelos ideólogos de gênero como fonte de todo
problema.
Pelo
contrário, a construção de uma sociedade pacífica e sem diferenças de direito,
oportunidade e acesso encontra-se no aperfeiçoamento da família natural, que
apresenta a prerrogativa constitucional de educar os filhos.
Devemos
fortalecer a família para que os indivíduos se sintam seguros, amados e aceitos
e desta forma, possam fazer o mesmo com o seu próximo.
Por Priscila Pereira Boy- Pedagoga, Mestre em Ciência da Educação; Pós-Graduada em Antropologia Filosófica, Docência do Ensino Superior, Gestão de Pessoas e Elaboração de Projetos; MBA executivo internacional em marketing (FGV). Membro do GEINE (Grupo de Educação Inclusiva da UFMG). Escritora e palestrante. Atualmente é Assessora Estratégica Pedagógica do Bernoulli Sistema de Ensino
Por Priscila Pereira Boy- Pedagoga, Mestre em Ciência da Educação; Pós-Graduada em Antropologia Filosófica, Docência do Ensino Superior, Gestão de Pessoas e Elaboração de Projetos; MBA executivo internacional em marketing (FGV). Membro do GEINE (Grupo de Educação Inclusiva da UFMG). Escritora e palestrante. Atualmente é Assessora Estratégica Pedagógica do Bernoulli Sistema de Ensino
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