Três
ideologias modernas, nos últimos duzentos anos, descristianizam, dessacralizam
e expulsam do imaginário popular a noção de Deus, da transcendentalidade da
vida, desumanizando a pessoa. Primeiro supervalorizaram o papel da razão para o
conhecimento da verdade, negando a importância das tradições e da fé, depois
desconstruíram a própria noção de verdade objetiva, de bem e de beleza,
terminando por negar o próprio sujeito. São ideologias imanentistas, que
acreditam na construção da sociedade perfeita, no paraíso terrestre, sem Deus.
São elas: o liberalismo, o marxismo e o marcusianismo.
O liberalismo, originário do Iluminismo e da
Revolução Francesa, antirreligioso, laicista, destronou Deus e entronizou a
razão, o homem como a divindade suprema. Fundado no lema "liberdade,
igualdade e fraternidade" criou a democracia liberal, onde a política e o
Estado assumiram o pretenso papel de redentores, de salvadores, parâmetros da
verdade e da moralidade. O liberalismo construiu a "ditadura do
relativismo", os subjetivismos modernos, relegando a verdade e o bem aos
caprichos e aos juízos individualistas, interesseiros e utilitaristas.
O comunismo,
criado por Marx e Engels, difundido em diversas vertentes, como o fabianismo e
o gramscismo, criou a ideia da construção do paraíso na terra, um mundo
igualitário, sem classes, controlado pela ditadura coletivista. A cultura
comunista, fundada no materialismo histórico e na luta de classes, no
coletivismo e na submissão das instituições ao Estado, tornou-se hegemônica,
conquistou os corações e as mentes, pela via cultural, dominando as universidades,
a educação e a mídia.
O
marcusianismo, de Herbert Marcuse, teórico da Escola de Frankfurt, inspirado no
pensamento de Marx, de Nietzsche e Freud, encontrou nas democracias liberais o
espaço perfeito para a revolução, pela via da liberalização dos costumes, da
revolução sexual, acampada pelos feminismos, pelo capital financeiro, pelos
"progressistas", desconstruindo a moralidade cristã, grande pilar da
civilização ocidental.
A
escola católica deve ser o lugar da desmistificação das ideologias, onde se reafirma
o primado da fé e a importância da razão par o conhecimento da verdade, a transcendentalidade
da vida e a necessidade da prática das virtudes para a construção da verdadeira
cultura. Na escola católica os alunos devem aprender que a salvação vem pela
Graça de Deus e não há política ou Estados redentores, que o paraíso terrestre
é uma utopia e que a moralidade, fundada na Revelação e na Lei Natural, são os
alicerces da verdadeira civilização.
Professor Pós-Graduado em História
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